Controle de Ruído
Ruído do tráfego
Não é preciso ser um observador especializado para opinar sobre o ruído dominante de uma cidade qualquer. Onde houver ruas transitáveis por ali irão circular veículos de quaisquer naturezas. Quanto maior for a condição de circulação, maior será o ruído gerado pelo tráfego.
A atual Lei Municipal de Zoneamento, Nº 13.885/04, da cidade de São Paulo é bastante explicita quando as características das vias de circulação e as respectivas zonas urbanas que as contêm. Assim é que na situação atual da cidade temos de aceitar, por enquanto, nas Zonas Mista e Industrial um ruído externo total diurno que varia de 65 a 70dBA, e noturno de 45 a 60dBA tidos como limites aceitáveis de ruído. – Enquanto que na Zona Residencial o ruído externo total diurno é de 50dBA e o noturno de 45dBA. É preciso salientar que para constatar o nível de ruído de um local não se deve considerar o ruído de passagens de veículos, de latidos de cães, de algazarras, de eventos esportivos, de passagens de aeronaves, de vento acima de 18 km/h, e de ruído de chuvas e assemelhados.
É preciso lembrar tambem que espuma acustica apenas absorverá ecos e reverberações de um ruido que já adentrou no local ou se propaga. Elas não possuem massa fisica o suficiente para realizar o bloqueio.
O ruído de tráfego urbano pode ser controlado por diversas maneiras:
- Velocidades máximas permissíveis conforme o tipo de via
- Tráfego seletivo conforme o horário, ou conforme a espécie de veículo.
- Tipo de piso carroçável
- Proibido acionar buzina
- Proibido utilizar reprodução sonora com níveis superiores à 65dBA distante 1,50m no entorno do veículo. Com janelas abertas ou cerradas.
- Proibido utilizar reprodução de voz ou de música para venda ou propaganda de quaisquer espécies.
- Escapamentos de gases e Silenciadores conforme legislação federal CONTRAN
- Utilização de Barreiras protetoras de ruído. Proibida a utilização de barreiras opacas que sirvam de ocultação de atos criminosos. Lançar mão de Barreiras transparentes à luz.
- Utilização de Túnel de Superfície ou Elevado em regiões de ocupação residencial, ou de ocupação hospitalar e escolar.
Ruído de aeronaves ( aviões comerciais e helicópteros)
A maioria das cidades importantes, e em especial São Paulo, tiveram implantados os seus primeiros aeroportos distantes de seu perímetro urbano, já que era notório o ruído perturbador dos aviões impelidos à hélice. O crescimento da cidade sem um planejamento de ocupação resultou nessa balburdia sonora que experimentamos na São Paulo atual.
O avião a jato foi a grande invenção para o transporte rápido, em todo o mundo, e paralelamente o maior dos predadores da calma ambiental referente ao ruído aeronáutico. Muitas inovações tecnológicas foram introduzidas para que o ruído das turbinas propulsoras fosse mitigado, tanto na produção das mesmas como nas técnicas de decolagem por utilizar a potencia reduzida e alçamento em baixa altitude a fim de reduzir a área terrestre impactada enquanto sobrevoasse áreas habitadas. Existe ainda a técnica de decolagem em rápida ascensão também com a finalidade de diminuir a área urbana impactada pelo ruído.
Apesar disso tudo ainda, somos prejudicados pelo ruído de aviões mesmos nas áreas distantes do aeroporto. Isso por que a chegada e saída dos aviões, dada a situação geográfica dos aeroportos, sobrevoam bairros residenciais, e até condomínios residenciais como é o caso de nosso aeroporto internacional de Cumbica.
Associado ao ruído de aviões, São Paulo passou a conviver com o ruído de helicópteros. Pela deficiente movimentação do transporte publico e mesmo do privado na cidade de São Paulo, os hospitais e instituições privadas optaram por receber em seus edifícios um heliporto. Impossível confiar num deslocamento rápido por terra de heliporto situado na periferia urbana até um local de destino na cidade de São Paulo. Somos considerados mundialmente como utilizadores de uma das maiores frotas de helicópteros.
Como reduzir ou controlar o ruido do aéreo urbano (vamos sonhar um pouco)
Mudar um aeroporto é uma façanha extraordinária. Já se previu estruturar o aeroporto de Viracopos como o maior dos aeroportos internacionais que serviria a São Paulo. Com um terminal na Capital e trem de alta velocidade já seria possível limitar o uso de Congonhas. Todavia com os atuais investimentos em ambos (Cumbica e Congonhas) devido a Copa do Mundo, creio que tal proposta será para o final do século XXI, se Campinas e Jundiaí não já não tiverem envolvido o Viracopos nas áreas urbanas.
Uma alternativa é mudar o sistema de decolagem e aterrisagem, ou melhor, criar aviões com duplo sistema de sustentação, Vertical (ascensão e descida) e horizontal deslocamento em alta velocidade. Claro que tal proposta é um absurdo técnico e financeiro para grandes aeronaves. Mas, pensando bem, as aeronaves poderão ser menores e com hiper velocidade, haja vista o que já se desenvolveu na China ( Asa Voadora) o que significa que com uma menor frota poderemos transportar o mesmo número de passageiros em tempo reduzidíssimo. Falta ainda dotar tais aeronaves de recursos para o vôo vertical. Será interessante. Talvez possível ainda para o final do século XXI. Quem sabe!
Com um sistema de aeroporto aparelhado para tal tipo de aviões, a área urbana impactada limitar-se-á praticamente à área, limítrofe ao aeroporto. Portanto, a má localização dos atuais aeroportos poderá ser admitida como aceitável, visto que um avião poderia acessá-lo a partir de grande altitude. Será mais fácil reorganizar os tipos de ocupações limítrofes e inclusive solicitar incentivo e financiamentos para que os imóveis sejam devidamente protegidos contra o ruído e talvez mudados o tipo de uso.
Os helicópteros por sua vez poderão transitar através da cidade em maior altitude e assim acessar aos heliportos com menor impacto da área circunvizinha aos mesmos.
Uma técnica já desenvolvida e divulgada recentemente é a de acionamento elétrico das hélices de helicópteros, o que os torna mais silenciosos. Isso já é uma evolução extraordinária no que respeita à redução do ruído desse tipo de aeronave, pelo menos para o tráfego urbano apesar de ter limitado o seu raio de ação.
Ruído de Genéricos (Torres de Resfriamento para Ar Condicionado, Compressores, Ventiladores, Transformadores, Aparelhos externos de ar condicionado)
As grandes cidades brasileiras, em especial São Paulo, optaram por adotar edifícios residenciais entremeados com os edifícios comerciais e institucionais. Hoje nos defrontamos com uma imensa floresta de estruturas elevadas, de concreto e aço, em determinados bairros, tendo no topo uma central de torres de resfriamento, a gás ou a água, cujas operações são realizadas com muito ruído. A maioria dessas instalações está nos topos dos edifícios comerciais e institucionais.
Já tive oportunidade de resolver problemas nos quais atividades hospitalares estiveram ameaçadas por condomínios privados quanto às irradiações de ruído de suas indispensáveis instalações de resfriamento para o Ar Condicionado.
Instalações de Compressores ou Ventiladores (trocadores de calor, ou pressurizadores) e aparelhos de ar condicionado são fontes de ruído de Super Mercados, ou de Edifícios Residenciais, ou de Especialidades Médicas e Odontológicas, disseminados pela cidade.
Transformador da rede publica, e até bombeamentos de água ou esgoto, assim como válvulas redutoras de pressão nas adutoras, são fontes estacionárias de ruído, e alguns dos casos de vibrações prejudiciais às estruturas adjacentes.
Como controlar o ruído de tais fontes genéricas ?
Não deve ser mais permitido que um fornecedor de Torre de Resfriamento venda o seu produto sem um projeto Silenciador de Ruído. Tal projeto deve fazer parte do custo do equipamento em si. Deve estar incluído o tratamento dos equipamentos periféricos tal como bombas e compressores. Para cada instalação deve ser previsto um nível de ruído máximo a 2,0m das fachadas do topo do edifício inferior a 45dBA (já somado ao nível residual da Zona de Uso em questão). O custo dessa instalação para o controle do ruído deverá ser computado à parte.Os fornecedores de Diesel Geradores de energia elétrica já operam no mercado com tal condição de Isolação de Ruído.
Transformadores da rede pública têm sido objetos de controle do ruído. Os bombeamentos de água e esgoto também têm sido cuidados, pelo menos no município de São Paulo.
Ruído e vibrações de válvulas redutoras de pressão ainda estão por ser providenciado.
- É extremamente complicado e bastante oneroso visto se tratar de usos de conexões flexíveis e calços antivibratórios, com supostos amortecedores, nem sempre disponíveis no mercado nacional.
Quanto as demais fontes de ruído eletromecânicas, é preciso que um fabricante as forneça no mercado, como muitas delas já estão sendo ofertadas, com um relatório de ensaio de Nível de Potencia Acústica quando instalados em campo livre, a fim de que o usuário através de seus engenheiros, ou consultores, saibam como adequá-los nos diversos tipos de instalações respeitadas as recomendações das Normas Brasileiras específicas.
Bares, Boates, Salões de Festas, Academias de Ginástica.
Salões de Festas destinados à comemoração de aniversários infantis e Academias de Ginástica são consideradas fontes sonoras de fácil controle quando houver responsabilidade por parte dos empreendedores. Bares e Boates, porem, são problemas sérios tanto como fontes sonoras como localização geográfica. Numa metrópole como São Paulo, é praticamente impossível realizar um controle ativo das inúmeras infrações quanto ao ruído gerado nesses recintos como também pelo tipo de freqüentador ao entrar ou sair dos mesmos. Pior ainda quando tais Bares se estendem pela calçada.
Como reduzir ou controlar o ruído de Bares, Boates, Salões de Festas e Academias de Ginástica ?
Salões de Festas e Academias devem ter as suas instalações confinadas e devem ter residências somente acima de um raio de 50 metros e o nível de pressão sonora equivalente, na escala A, não deve exceder a 55dBA com o microfone distante 2,0m das fachadas e cobertura. – Se tais instalações estiverem mais próximas de residências ou edifício de apartamento deverão estar sujeitas às restrições impostas pela Lei Municipal 13.885/04 conforme a Zona de Uso.
Boates e Bares totalmente confinados devem ter residências somente acima de um raio de 100 metros, e instalações permitidas apenas nas Zonas Mistas e o nível de pressão sonora equivalente, na escala A, não deve exceder a 65dBA com o microfone distante 2,0m das fachadas e cobertura. Se tais instalações estiverem mais próximas de residências ou edifício de apartamento deverão estar sujeitas às restrições impostas pela Lei Municipal 13.885/04 conforme a Zona de Uso.
Bares Abertos devem ter residências somente acima de um raio de 200 metros, e instalações permitidas apenas nas Zonas Mistas e o nível de pressão sonora equivalente, na escala A, não deve exceder a 75dBA com o microfone distante 2,0m do alinhamento da calçada e cobertura. Não permitir a instalação de Bares abertos em distancias menores e dar prazos para remoção caso estejam atualmente instalados, ou então para que se tornem Bares confinados.
Industrial (médias e grandes industrias)
Cidades grandes como São Paulo e outras não dispõem de Pólos Industriais específicos, cidades menores já criaram regiões ditas urbanas, mas de ocupação exclusivamente industrial prevendo a futura expansão, tal como a cidade de Jundiaí-SP. O que resta ainda é aceitar a localização de indústrias nas regiões tidas como mistas.
Como controlar o ruído industrial ?
Às indústrias que já se mudaram para os pólos industriais de sua cidade ou de outras cidades, nada a propor quanto as irradiações de ruído para o exterior uma vez que os limites de ruído externos propostos por Norma Brasileira são obedecidos sem grande investimento de mitigações ( 70dBA e 60dBA, diurno e noturno respectivamente) .
Já as restantes das indústrias situadas em Zonas de ocupações Mistas, devem controlar a emissão do ruído exterior para não superar 60dBA diurno e 55dBA noturno. Esses valores são mais custosos para atendimento de isolação.
Não se deve esquecer que esses devem ser o valor do Ruído Total a ser atendido, ou seja, o ruído específico imitido pela indústria quando somado ao Ruído residual da região não deverá superar tais valores acima.
Quando o Pólo Industrial pertencer ao Município, ou ao Estado, é importante que haja propostas de tais governos para a mudança das indústrias situadas nas Zonas Mistas. Tais propostas deverão conter incentivos fiscais por algum tempo. Um governador ou prefeito não haverá de querer perder impostos de ICM e outros com uma saída radical das indústrias de seu Estado ou do Município .
É oportuno criar zonas residenciais vizinhas, mas isoladas acusticamente, do Pólo Industrial, para todos os níveis de trabalhadores das indústrias em geral (diretores de produção e administrativos)
Construção de natureza pública ou privada e como controlar
- Obra pública de emergência
Vazamentos de gás ou água, enchentes, desabamentos de quaisquer tipos de estrutura, quedas de árvores, incêndios, reparação de linhas de energia, de água e de gás, são acompanhados de elevados níveis de ruído oriundos do fenômeno em si ou das atividades de maquinários, dos operadores e de operários, e até do suprimento e remoções que por ventura tenha de ser realizado. Não se pode dizer o que fazer e como fazer para que o ruído deva ser controlado haja vista as ações humanas ou dos equipamentos a utilizar. A utilização de equipamentos, eletromecânicos, pneumáticos, de impactos ou de corte, de operações silenciosas é o que mais poderemos recorrer para que o nível de ruído seja o menor possível. Tal providência deve ser de responsabilidade do poder público juntamente com as empresas que exploram os respectivos serviços e o transporte.
- Obra pública e Obra privada
Não têm limitações de níveis sonoros emitidos durante o período diurno. Mas conforme a região nas quais ocorrem, deverão ter obrigações de utilizar recursos tecnológicos de menor nível de ruído, tais como perfurações de solo, estaqueamentos, elevação de misturas cimenticias ou de concreto úmido e de transporte de entulhos. Haverá certamente elevação de custos, mas os empreendedores deverão receber algum incentivo fiscal a fim de ter alguma compensação. No período noturno tais obras deverão atender aos limites de níveis sonoros totais específicos da Zona Urbana em questão pela Lei Municipal vigente. A velocidade e o custo das obras em si já estão previstos.
Podemos sonhar um pouco, mas é possível que aconteça no futuro.
O que não está ainda sendo respeitado são os níveis de ruído noturno emitidos pelas obras em geral geradas pelas operações de abastecimento de matérias primas ou de acabamentos. Isso ocorre devido a regra que restringe a circulação de grandes carretas no horário diurno para evitar congestionamentos nas vias urbanas. Para obras de médio ou pequeno porte ainda é possível realizar o abastecimento durante o dia com transporte de pequenos caminhões. Este é um problema, até então difícil de resolver porque a descarga de materiais e a operação de transporte vertical são ruidosas, assim como a movimentação de tais carretas, ou mesmos caminhões que são barulhentos.
– O que fazer?
Criar carretas de transportes com acionamento elétrico, estacionadas estrategicamente no rodoanel da cidade, nos acessos de rodovias, tais que possam receber os materiais paletizados para os transportarem aos destinos genéricos. A descarga é efetuada por Munks, também acionada eletricamente. Restará ao empreendimento instalar elevadores mais silenciosos para a distribuição vertical do material paletizado.
Igrejas de todos os credos
Existe uma Lei Municipal de Nº 13.190/2001 que dispõe sobre o controle da poluição sonora relativo ao limites estabelecidos pela NBR 10.151, além da Lei Nº13.287 que dispõe sobre as multas, aos Templos Religiosos que por suas ações publicas com os religiosos venham a perturbar a vizinhança.
Por experiência pessoal tenho constatado preocupação pela maioria de igrejas, e mesmo como autor de projetos mitigadores para determinadas instituições, pelo controle do ruído irradiante para as suas vizinhanças. A maioria das instituições religiosas não é instalada em construções preparadas para o confinamento do som ali produzido.
Como controlar o ruído promovido pelas atividades religiosas ?
A melhor das propostas é a de limitar os horários de funcionamento até 20:00h, e atender aos limites referidos à NBR10.151.Ao que se interessar em prolongar as Rezas ou Canto deverá atender às obrigações propostas aos bares enclausurados. Não permitir instalações de Igrejas de quaisquer credos em área residenciais, de escolas e de hospitais.
Animais domésticos ( cães, gatos, aves )
Desde 1956, data na qual tive a minha iniciação na área de Engenharia do Controle do Ruído não vejo uma solução técnica e barata para impedir a que um cão ladre no período da noite. Existe uma solução espartana que é a de vestir uma focinheira no nosso cão de guarda. Daí encerra-se a função de guarda e de ameaça ao potencial invasor de sua casa. Mas ainda resta ao cão a alternativa do uivo que não é nada agradável aos ouvidos.
Controle do ruído de animais domésticos e pássaros.
No convívio residencial nada a sugerir com exceção de gatos. Sabemos que a relação sexual dos bichanos é calamitosa devido aos guinchos do macho, A solução mais simples é o da castração, ou então não deixá-los conviver no mesmo ambiente e levá-los para reprodução em ambiente isolado de ruído.
O “PETSHOPP” deve ter confinado o setor dos canis nos quais os cães repousam ou convivem por pouco tempo ou por acomodação temporária. Esses tipos de instalações não têm restrições de localização e é comum tê-los implantados em zonas residenciais. Entretanto, devem ser tratados com emissão ZERO de latidos de cães.O mesmo é sugerido aos vendedores de pássaros, ou aves, nas suas instalações comerciais com o mesmo rigor de isolação sonora proposto aos PETSHOPPs.
Eventos esportivos
Temos implantados no Município de São Paulo vários estádios de futebol com capacidades de dezenas de milhares de freqüentadores, nos quais são realizados alternadamente jogos noturnos e diurnos, na quarta-feira e domingo respectivamente, os quais são considerados verdadeiras cloacas sonoras. Pela natureza do esporte o ruído é intermitente e fora de ritmo, e por isso bastante incômodo para a comunidade local. Pior ainda quando as comemorações ocorridas são com fogos de artifício.
Temos ainda ginásios cobertos nos quais são realizadas partidas de vôlei, basquete e outras, que pela natureza mais rápida da pratica desses esportes o ruído provocado pela assistência é de característica quase contínuo.
Por fim temos o autódromo, no qual se realiza corridas extremamente barulhentas por que tais máquinas dispensam silenciadores nos escapes de gases. Nesses eventos, o ruído dos frequentadores é inaudível.
Como controlar o ruído dos eventos esportivos ?
- Autódromo: Uma vez que as realizações de eventos nesse local são raras é muito complicado afirmar que os mesmos sejam impactantes para a comunidade local. Os residentes nas adjacências já não se importam com o ruído apesar de elevado, mesmo por que são realizados em dias feriados ou aos domingos fazendo questão de apreciá-los quando residentes em prédios de apartamentos.Tais instalações esportivas não devem ser adaptadas para eventos musicais sem que as distâncias de caixas acústicas de reforço sonoro estejam pelo menos a 300 metros distantes dos prédios residenciais e de casas.
- Ginásio de esportes: Quando for ginásio fechado com ventilação natural, deverá receber tratamento da absorção e isolação acústica por toda área da cobertura a fim de que o ruído dos assistentes seja atenuado ao máximo possível para o exterior.Tais instalações somente poderão abrigar eventos musicais se receberem tratamento acústico, respeitando os limites de níveis sonoros correspondentes à Zona de Uso local. Quando for ginásio aberto não devem ser realizados eventos esportivos noturnos ou musicais em quaisquer etapas do dia.
Novas instalações de Ginásios: devem ser de preferência localizadas nas áreas industriais e com as suas divisas a 200 metros de quaisquer residência ou edifício de apartamentos.
- Estádios de Futebol: A justiça desportiva no Brasil já vem proibindo o uso de fogos de artifícios durante os jogos de futebol por questões de segurança e risco de vida dos freqüentadores nos estádios. Tal proibição deve ser estendida para quaisquer horários, antes ou pós jogos, tendo em conta a diminuição do ruído urbano local.
Infelizmente alguns estádios, como já mencionamos, já se acham inseridos no tecido urbano há muitos anos. A proibição de fogos de artifício já é uma condição necessária para o controle de ruído mas não suficiente. O grito de gol é uma moldura sensacional que envolve o acontecimento. Um “gol” sem o grito em uníssono dos torcedores não tem graça.
A realização de jogos duas vezes por semana, nas quartas à noite e nos finais de semana, sábado ou domingo, têm sido uma constante, na cidade de São Paulo.
O controle da movimentação de torcedores e seus veículos é um problema extremamente complicado. Tal problema seria parcialmente solucionado com a implantação de garagens subterrâneas todavia os gestores dos estádios não têm recursos financeiros visto que o seu uso é ocasional.
- Novos Estádios: Um exemplo a ser seguido é o Estádio do Corinthians Paulista, em Itaquera. – A Prefeitura de São Paulo deve estabelecer regra de ocupação no entorno tal que somente a 400 metros das divisas do Estádio e de seu Estacionamento à céu aberto, seja permitida a construção de Casa, Edifício de Apartamento, Escola, Hospital, ou Shopping Aberto.
Na redondeza do estádio e seu estacionamento, instalações de empreendimentos comerciais, hotéis, cinemas e outras atividades comerciais, deverão ser devidamente tratadas com isolamento acústico
– Esse tipo de Estádio pode ser projetado para multiuso, visto que os eventos musicais, ainda que diariamente, não serão poluidores acústicos na região desde que os afastamentos mencionados sejam obedecidos.
CONSIDERAÇÔES FINAIS - Educação do ser humano.
Não foi objeto de consideração nessa exposição por que o homem que faz ruído, ou procura realizá-lo por desejo de aparecer, é uma deformação de caráter que provavelmente tem origem no DNA. Isso não tem conserto. Talvez, como já tive oportunidade de comentar, haja uma pequena esperança de conserto se o pegarmos ao nascer e educá-lo até que atinja um nível social, ou técnico, ou universitário. Se não tiver resultado depois de tantos esforços é melhor trancafiá-lo por algum tempo, e sucessivamente, até que apreenda o conceito de educação cívica.
É preciso coragem para que uma cidade como São Paulo, ou similares, tenha o seu nível de ruído urbano controlado e diminuído.
– Muitos Bares, Boates, Academias de Ginástica, Salões de Festas deixarão de existir, seja pela localização indevida, seja pelas instalações inadequadas quanto ao controle do ruído. Quantos empregos serão desfeitos, quantos empreendedores serão prejudicados e quanto o município deixará de arrecadar?
- Os edifícios dotados de equipamentos ruidosos terão de investir na troca ou na isolação do ruído. Quanto investimento e despesas para os seus condôminos?
- A Prefeitura deverá efetuar desapropriações, abrir novas vias, refazer asfaltos, sinalizações, instalar barreiras anti-ruído, construir elevados, confinar passagens de metrô e trens de superfície ou de tráfego em vias urbanas.
Vários heliportos deverão ser alterados ou impedidos de operar. Os sistemas de operações de tráfego de aviões e helicópteros poderão talvez de ser alterados!...
Quantos veículos inadequados serão impedidos de circular ou ter modificado as suas instalações eletro acústicas. Quanto dinheiro desperdiçado!
Quanto gastará a Prefeitura com campanhas de educação da população quanto ao silêncio a ser respeitado? Quanto será necessário investir em recursos humanos e técnicos para estabelecer uma fiscalização ativa até que a cidade entre nos eixos?
Enfim, alguém será beneficiado? Acho que também estaremos arcando com alguma despesa, de imposto ou similar, porém estaremos construindo um lugar mais decente e tranquilo para os nossos filhos e descendentes, onde haverá de ter melhor qualidade de vida no que respeita ao almejado silêncio urbano.
*Fernando Henrique Aidar é engenheiro civil da Escola Politécnica da USP(1953) e titular da F. H. Aidar Engenharia e responsável por assessoria, consultoria, medições acústicas e projetos para o controle do ruído e vibrações nas áreas industrial, rodoviária, metroviária e residencial.
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